domingo, 30 de agosto de 2009

notas para um livro bonito

é inverno e resta esse branco e
cinza semelhante ao que
emerge da literatura do vovô vampiro
e há os sons das partituras do
Bento Mussurunga esquecidas nalguma
gaveta emperrada dos porões de poeira da
Escola de Belas Artes
é inverno e ainda os sussurros de
cor sépia que se apalpa em
ruas estreitas, úmidas feito
a São Francisco, onde se arrastam
correntes das Iluminações
insondáveis sarjetas dos
olhos mostarda de qualquer pobre diabo
nos finais de tarde a estipular
quando termina o turno das atrocidades diárias e
começa a cair, maciadocicada, a treva
é inverno, madrugada, inverno ainda porque
convém, aliás, aos condenados em
suas prediletas horas

2 comentários:

  1. Leprê!!
    desculpe não voltar lá aquele dia!!
    Mas fiquei bem bebada depois!!!rss

    Olha só..Quero te ver hoje lá na peça! E depois aqui em casa vai ter uma nhocada!!! E você está intimadíssimo a vir ok???

    Beijoosss carinhosos!!

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  2. kelly. tava uma delícia a janta na tua casa ontem. obrigado a você, gladi e lígia. depois que ler o livro, fala. bjs. lepre.

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