domingo, 18 de julho de 2010

notas para um livro bonito

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.....Tem vezes que a chuva atravessa as calhas de meus olhos e eu sequer reparei. Tenho um cinza enclaustrado na pupila e não espero que ele vaze. Todo desertor é alguém de gelo. Não consigo sorrir sem rachar os lábios. De que serviriam hoje submarinos em Vila Velha? Claro que teus passos se fazem movediços. Mas você caminha. Coisas invisíveis nos residem como micro insetos dentro de frutas. Muitas vezes o vazio nos serve melhor como panos quentes. E quando as mãos abanam sabemos que faz calor ou um adeus meio bobo.

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