sexta-feira, 13 de agosto de 2010

notas para um livro bonito

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.....Tememos não nos acostumar com ele. Mas desde o primeiro dia sua presença iluminou a casa. Foi minha mãe, acompanhada do meu sobrinho Henrico, quem o trouxe. Disse que bateu o olho e se apaixonou. Meu outro sobrinho, Guigui, o batizou: Bidu. Não sei como pôde acontecer. Uma fatalidade inacreditável. Nosso cãozinho morreu hoje. Atropelado. Fazia apenas uma semana que estava conosco. Tinha tomado banho à tarde. Depois ficou um tempo deitado comigo no sofá. Brincamos um pouco. Ele fez coco no lugar errado. Tudo isso era um novo modo de convivência para mim, que nunca antes tive um cão. Eu podia sentir sua felicidade, por isso me sentia feliz também. Sua alminha canina vibrava com a nova vida. Tinha apenas três meses de idade. Tivemos que enrolar seu corpinho branco com um pano. E o colocar num saco plástico preto. E lavar a calçada. Fui eu quem cavou o buraco no jardim para enterrá-lo. Estamos muitíssimos tristes. Minha mãe, desolada.

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