sexta-feira, 4 de maio de 2012


olha para si como para uma tela em que se entra. dentro do frio faz frio, dentro da dor, dor. o instinto não é uma casa, é uma selva. o instinto, carnaval do sangue, festa da fera. olha para si, entra e fica. exala, morde, o instinto e sua falta de bom-senso. o corpo não escolhe, não é no humano o que se confessar. o corpo não sabe que o amor se chama amor, que a culpa responde por tal conceito. o caos clama. a violência clama. a paixão tem os pés invertidos a funcionarem assim: caminha-se numa direção, chega-se em sua negativa. olha para si qual em alguém entrasse: escuridões que mordem, bisturis da bruma. o medo é por aqui ao encontro do instinto e não ser possível ir mais rápido que as próprias pernas. nada profundo, superfície apenas e que nada espelha. vem, senta, do dentro talvez fora assiste o que você é.

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