.
.
parabéns, versão socialista: parabéns de consumo / parabéns materiais / parabéns de produção / para Mercedes Bens / pra ele tudo! / naaadaaa
não tem tese nem antítese, teoria não tem não, também não tem filosofia, é só isso mesmo: socar socar socar o nariz dos teus sonhos
pra mim, manifesto mesmo foi quando Dolly veio à publico e falou: despeça a sua alma gêmea, encontre o seu clone
não se iluda, ou melhor, se iluda sim, o inverossímel também acontece
uma laranja masoquista me olha da fruteira e, enfática, diz: só vou ficar satisfeita quando for descascada e espremida até o bagaço. seja!
péssimo dia pra estar assim tão católico
péssimo dia pra estar assim nem um pouco católico
acabo de escutar essa de um garoto de 22 anos: eu comeria a Hebe
um ataque: os vanguardistas se acabaram porque os vanguardistas não querem acabar
e uma defesa: alguns lêem muitos livros e vão a todas as peças de teatro pra fazer igual. outros, pra fazer diferente
sex é a bailarina cheia de curvas que tá se desmanchando nesse pirex (desculpa, não tô me aguentando. prometo, foi a última)
denorex é o nome de um shampu que virou banda oitentista em plenos anos 2.000 aqui em Curitiba
mentex é um modo de dizer pro teu amigo que vive fazendo merda que ele é um demente. tipo: pô, velho, cê tá mentex, comé que faz uma dessas?
relax é o nome do meu rex
relax é o nome do meu rex mentex que toca banjo na banda denorex (haha, aiai, que estúpido)
a música, minha paz. se agora me adoece, depois me fortalece mais. solidão que desmanchasse na fumaça de um incenso, a música é quando venço
literatura urbana: hoje, assim como tem o fast food, tem o fast foda
jornalismo investigativo: extra, extra, uma mãe acaba de vender a filha a 30 reais, por uma hora
conto policial: o sujeito era um amolador de facas da pior qualidade... ou seja, um assassino dos mais toscos
conto policial: essas coisas acontecem, mesmo os mais bonzinhos podem sair por aí mais hora menos hora dando machadada em velhinhas
o caos faz barulho? o amor também
quem disse que o caos faz barulho? meu universo subjetivo metido a poeta
e o amor, faz barulho?
agora, de fato não penso o caos de maneira científica... pra mim o caos é quando alguém diz: putz, minha vida está um caos
veja como a poesia pode ser canalha. que tal isso? o caos faz barulho? o amor também não
perfeito. seja: o caos faz barulho? o amor também / o caos faz barulho? amor também não. haha. aí vai a nossa "teria do caos"
aliás, "nossa teoria do amor". fica bem melhor assim... eu querendo ser cientista e você cheio de poesia pra dar
sobre o acaso: um lance de dados jamais abolirá o azar
quem (mesmo cientistas) garante que não somos os próprios dinossauros, um tiquinho modificados pelos milênios, é verdade, mas ainda assim?
estou no Fran´s Café. e aqui no Fran´s Café há um problema. o problema é que as garotas bonitas sempre são a namorada de alguém
ler é esforço. é um prazer físico, assim como caminhar quando não se é obrigado a nada. portanto, ler não se lê, caminha-se um livro
de que modo se lê um livro de mil páginas? veja, para se ler um livro de mil páginas, é preciso fazê-lo palavra por palavra, uma a uma
lágrimas de crocodilo... por que essa maldade com o crocodilo? ele não tem o direito, afinal, de chorar a perda do amor da crocodila?
era alguém mostrar uma canção, poema decorado, fazer micagem qualquer, e logo você ouvia ele vibrando com aquele maldito "ponto pra equipe"
confeccionava casaquinhos pro orfanato. até que um dia, tricotando, a velha estacou: crianças chatas, que é que têm que ter dois braços!?
não queira dar uma de esperto... sempre tem alguém vendo você tirar meleca do nariz
o detalhe, o mínimo detalhe... só o detalhe tem profundidade
não sou nada sem o meu violão... e olha que eu nem sequer sei, assim de verdade mesmo, tocar violão
não sou nada sem o meu violão. o problema é que, no final das contas, tudo o que canto soa como eu estivesse lambendo o chão que ela passa
nem mesmo essa canção serve pra dizer adeus. se nela como que aceno um lenço branco de cima do navio, é só por não mais saber nenhuma prece
cara, só lamento! posto assim, sobram 2 opções: ou ser um nada, ou lamber o chão. por respeito aos garis, não pare de cantar
então vou fazer isso, amigo, vou sair com os garis pedindo que me deixem fazer serenatas com eles
segura o cigarro. acende. larga o isqueiro. segura a garrafa. bebe. a lua na janela. não sabe dizer se está sendo uma noite difícil ou não
levanta. em seguida senta. traga. bebe. levanta. e novamente senta. cães uivam. vai até a janela. o ar está frio. é lua cheia. e nem sinal
é necessário acordar o corpo, sabe. taí um método eficaz de dialogar com a felicidade. o corpo acordado é o que está de acordo com si mesmo
se eu enfiei o pé na jaca? porra, meu irmão, a jaca é minha pantufa
todo mundo gosta de mim, só não gosta quem ainda não me conhece — foi o que disse o homem que ninguém conhecia
pra eu me lembrar: ninguém é burro... só o burro
pra eu sempre me lembrar: a vida é mais humana quando a gente é humano
isso fosse arte e não a bosta dum confessionário, usaria um pseudônimo... seja, luiz felipe leprevost é pseudônimo de luiz felipe leprevost
cantar, cantar, cantar, seria tudo que poderia fazer por mim, não fosse o fato de que, pra mim, cantar é o mesmo que ter um enfarte depois do outro
aguente-se, amigo, aguente-se... é tudo que posso dizer pra mim nesse momento
negação seguida de negação, e aqui estou eu novamente doendo em versos... poetas infames
como estou me sentindo? como se eu estivesse abraçado a uma colméia
ou como eu fosse um peixe que, invés de nadando em águas claras, estivesse mergulhado em miragens
e é inevitável reparar como os pneus de trás sempre seguem os da frente
o coração de algumas pessoas não passa de um pneu rugoso
tudo como se só fosse possível filosofar de verdade no insuportável
o amor só deita na cama de quem não está só
a cama... grande porcaria ter uma solidão king size
não tem tese nem antítese, teoria não tem não, também não tem filosofia, é só isso mesmo: socar socar socar o nariz dos teus sonhos
pra mim, manifesto mesmo foi quando Dolly veio à publico e falou: despeça a sua alma gêmea, encontre o seu clone
não se iluda, ou melhor, se iluda sim, o inverossímel também acontece
uma laranja masoquista me olha da fruteira e, enfática, diz: só vou ficar satisfeita quando for descascada e espremida até o bagaço. seja!
péssimo dia pra estar assim tão católico
péssimo dia pra estar assim nem um pouco católico
acabo de escutar essa de um garoto de 22 anos: eu comeria a Hebe
um ataque: os vanguardistas se acabaram porque os vanguardistas não querem acabar
e uma defesa: alguns lêem muitos livros e vão a todas as peças de teatro pra fazer igual. outros, pra fazer diferente
sex é a bailarina cheia de curvas que tá se desmanchando nesse pirex (desculpa, não tô me aguentando. prometo, foi a última)
denorex é o nome de um shampu que virou banda oitentista em plenos anos 2.000 aqui em Curitiba
mentex é um modo de dizer pro teu amigo que vive fazendo merda que ele é um demente. tipo: pô, velho, cê tá mentex, comé que faz uma dessas?
relax é o nome do meu rex
relax é o nome do meu rex mentex que toca banjo na banda denorex (haha, aiai, que estúpido)
a música, minha paz. se agora me adoece, depois me fortalece mais. solidão que desmanchasse na fumaça de um incenso, a música é quando venço
literatura urbana: hoje, assim como tem o fast food, tem o fast foda
jornalismo investigativo: extra, extra, uma mãe acaba de vender a filha a 30 reais, por uma hora
conto policial: o sujeito era um amolador de facas da pior qualidade... ou seja, um assassino dos mais toscos
conto policial: essas coisas acontecem, mesmo os mais bonzinhos podem sair por aí mais hora menos hora dando machadada em velhinhas
o caos faz barulho? o amor também
quem disse que o caos faz barulho? meu universo subjetivo metido a poeta
e o amor, faz barulho?
agora, de fato não penso o caos de maneira científica... pra mim o caos é quando alguém diz: putz, minha vida está um caos
veja como a poesia pode ser canalha. que tal isso? o caos faz barulho? o amor também não
perfeito. seja: o caos faz barulho? o amor também / o caos faz barulho? amor também não. haha. aí vai a nossa "teria do caos"
aliás, "nossa teoria do amor". fica bem melhor assim... eu querendo ser cientista e você cheio de poesia pra dar
sobre o acaso: um lance de dados jamais abolirá o azar
quem (mesmo cientistas) garante que não somos os próprios dinossauros, um tiquinho modificados pelos milênios, é verdade, mas ainda assim?
estou no Fran´s Café. e aqui no Fran´s Café há um problema. o problema é que as garotas bonitas sempre são a namorada de alguém
ler é esforço. é um prazer físico, assim como caminhar quando não se é obrigado a nada. portanto, ler não se lê, caminha-se um livro
de que modo se lê um livro de mil páginas? veja, para se ler um livro de mil páginas, é preciso fazê-lo palavra por palavra, uma a uma
lágrimas de crocodilo... por que essa maldade com o crocodilo? ele não tem o direito, afinal, de chorar a perda do amor da crocodila?
era alguém mostrar uma canção, poema decorado, fazer micagem qualquer, e logo você ouvia ele vibrando com aquele maldito "ponto pra equipe"
confeccionava casaquinhos pro orfanato. até que um dia, tricotando, a velha estacou: crianças chatas, que é que têm que ter dois braços!?
não queira dar uma de esperto... sempre tem alguém vendo você tirar meleca do nariz
o detalhe, o mínimo detalhe... só o detalhe tem profundidade
não sou nada sem o meu violão... e olha que eu nem sequer sei, assim de verdade mesmo, tocar violão
não sou nada sem o meu violão. o problema é que, no final das contas, tudo o que canto soa como eu estivesse lambendo o chão que ela passa
nem mesmo essa canção serve pra dizer adeus. se nela como que aceno um lenço branco de cima do navio, é só por não mais saber nenhuma prece
cara, só lamento! posto assim, sobram 2 opções: ou ser um nada, ou lamber o chão. por respeito aos garis, não pare de cantar
então vou fazer isso, amigo, vou sair com os garis pedindo que me deixem fazer serenatas com eles
segura o cigarro. acende. larga o isqueiro. segura a garrafa. bebe. a lua na janela. não sabe dizer se está sendo uma noite difícil ou não
levanta. em seguida senta. traga. bebe. levanta. e novamente senta. cães uivam. vai até a janela. o ar está frio. é lua cheia. e nem sinal
é necessário acordar o corpo, sabe. taí um método eficaz de dialogar com a felicidade. o corpo acordado é o que está de acordo com si mesmo
se eu enfiei o pé na jaca? porra, meu irmão, a jaca é minha pantufa
todo mundo gosta de mim, só não gosta quem ainda não me conhece — foi o que disse o homem que ninguém conhecia
pra eu me lembrar: ninguém é burro... só o burro
pra eu sempre me lembrar: a vida é mais humana quando a gente é humano
isso fosse arte e não a bosta dum confessionário, usaria um pseudônimo... seja, luiz felipe leprevost é pseudônimo de luiz felipe leprevost
cantar, cantar, cantar, seria tudo que poderia fazer por mim, não fosse o fato de que, pra mim, cantar é o mesmo que ter um enfarte depois do outro
aguente-se, amigo, aguente-se... é tudo que posso dizer pra mim nesse momento
negação seguida de negação, e aqui estou eu novamente doendo em versos... poetas infames
como estou me sentindo? como se eu estivesse abraçado a uma colméia
ou como eu fosse um peixe que, invés de nadando em águas claras, estivesse mergulhado em miragens
e é inevitável reparar como os pneus de trás sempre seguem os da frente
o coração de algumas pessoas não passa de um pneu rugoso
tudo como se só fosse possível filosofar de verdade no insuportável
o amor só deita na cama de quem não está só
a cama... grande porcaria ter uma solidão king size
já me amaram como a um filho que não nasceu, e isso não presta
se não há nada em minha carne, por que nesse momento sinto como ela fosse o mármore fervilhante de feridas supuradas?
o cérebro é um fosso, e lá no fundo dele reside um bando de crocodilos vorazes sem cérebro
sabe, os gatos que ouvimos chorar de madrugada são a reencarnação de crianças mortas prematuramente
bilhete suicida: bom, agora vou me retirando, tenho muito o que fazer ainda hoje. beijabraço pra quem fica
Curitiba... cidade onde até o girassol tem torcicolo, as pedras das calçadas mais duras pedem colo e os roqueiros mais tolos tocam o pau
se não há nada em minha carne, por que nesse momento sinto como ela fosse o mármore fervilhante de feridas supuradas?
o cérebro é um fosso, e lá no fundo dele reside um bando de crocodilos vorazes sem cérebro
sabe, os gatos que ouvimos chorar de madrugada são a reencarnação de crianças mortas prematuramente
bilhete suicida: bom, agora vou me retirando, tenho muito o que fazer ainda hoje. beijabraço pra quem fica
Curitiba... cidade onde até o girassol tem torcicolo, as pedras das calçadas mais duras pedem colo e os roqueiros mais tolos tocam o pau
.
estou no Paris Café. e aqui no Paris Café há um problema. o problema é que as garotas bonitas sempre são cafetinadas por alguém
ResponderExcluirhaha, Ayrton. perfeita observação. abração aí. lepre.
ResponderExcluirÉ isso aí man! Usando e abusando da tecnologia. O twitter a função da literatura. Ou a literatura a função do twitter? Dalton Trevisan já fazia isso há muito tempo. Grande guru!
ResponderExcluiré isso, Fabz. abração man. lepre.
ResponderExcluir