sábado, 2 de junho de 2012


as missas não mais em ucraniano. sou uma espécie de latin lover sem bigode na saída da Catedral, olhando passar meninas brancas embrulhadas em lã. tenho um cigarro nos dentes e nunca mais a preocupação de não levar uma bronca da vó. cachorros longe latem o sangue das veias. sábado amanhece o centro velho. os sinos abalam o vôo das pombas. girinos nos lagos do Passeio Público, lâmpadas fosforescentes dentro da neblina. a Ilha da Ilusão a abrigar uma barraquinha de cachorro-quente. um simbolismo impertinente, fora de época. o mesmo magro odor de encontrar o fantasma do Emiliano Pernetta acenando um bom dia feito dissesse uma reza positiva.

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