quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


oh beibe, dei tchau e sob a chuva vim pra casa cogitando. como posso escrever tua história de amor se dela já conheço o tudo são clichês? se dê uma chance, você diz. e apenas não posso, seria voltar atrás, por mais que suspeite que isso nunca terá fim. meu passado é um cachorro já sacrificado. não sei chorar por ele. talvez cantá-lo...? sorte que a maioria das canções têm três minutos. e é claro que todo mundo sofre um pouco (ou muito), vem da doença de ser humano. dê uma chance aos clichês, digo pra mim influenciado, mesmo sabendo que não é bem isso o que me pede. histórias simples, por que não me permitem mais entrar em vocês? ah, amigo, tenha paciência, o olhar da tua menina está desfocado dos pássaros, deixe que eles venham beber água ali e a sorte vai virar. oh beibe, se eu ainda soubesse me ver ao teu lado mais do que ensaiando uma orquestra de beijos. pra onde foi este desejo, qual dos seus dois namorados o roubou de mim?sem isso, como posso escrever tua história? sabe, acho que no fundo falávamos, apesar da calma, de viver estupidamente, escrever bestialmente, deixar-se amaldiçoar. e algo assim não pode ser tão simples. se não cuidamos, feito bichos acostumados ao cativeiro, as lágrimas se atrofiam. deixa a tristeza escorrer. se ao menos eu agora estivesse bêbado para justificar qualquer coisa, mas não, hoje não. aceito e pronto, este texto é já um clichê mal escrito. sei que você vai gostar dele.

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