Sabe o que eu queria? Jogar tudo fora e não me lamentar. Mas a língua nos olhos, seu paladar, seu mau gosto me cegaram. Algo assim: ela me deixou, voltei a fumar dois maços, a passividade dela me embruteceu. De tanto ser mais burro que romântico já não enxergo nada, só burrice, só burrice, só burrice. Digo, esse não é o meu primeiro caderno de clichês de amor. Se a vida fosse fácil não existiria teatro, só burrice, só burrice. Algo bem assim. Até hoje não queria ter experimentado essa garota mais do que três vezes. Na primeira, os cheiros brotados feito flores do corpo. Na segunda, ela sem calcinha derretendo sob o arco-íris saído de uma palma e de outra palma das minhas mãos cujas linhas desconhecem os destinos. Depois, na terceira: a mastigação das línguas como fossemos vacas ruminando tesão. Mas nada disso está ok quando queremos ir mais longe. Digo, é sempre uma viagem pedregosa até a praia deserta da burrice. A praia deserta da burrice onde nossa historinha morreu. E lá ficamos, esquecidos no tempo ruim feito alimentos totalmente apodrecidos. Algo assim: uma historinha mastigada, depois vomitada, um delírio fétido que agora até mesmo os amigos mais íntimos têm nojo de pegar do chão e jogar na lixeira dos orgânicos. Pelo menos a chuva lava.
domingo, 29 de novembro de 2009
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póde crê!
ResponderExcluirabraço, linhares.
gostei desse
ResponderExcluirabraço, linhares.
ResponderExcluirgostei também, iza. bom saber que cê ainda vem aqui. bj.
lepre.