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chove sem parar chove sem parar sem parar sem parar mesmo quando existem tantas outras palavras com as quais se pode dizer adeus
um guarda-chuva que fala: às vezes eu queria ser um bueiro pra engolir a chuva quando a chuva desaba
ao violão, amor, minhas mãos e o coração vibram, não as cordas e a madeira... é que os dedos se habituaram a acordes e arpejos no seu corpo
agora chega, vou desligar esse maldito computador e vou ver o sol lá no verde do quintal... bj a todos
conto de terror: o menino tinha demasiado as cores cinza, o sangue, lesma, lama, musgo, enclausurados nos olhos, de modo que os vazou
conto de terror: ri, algo se debate entre os dentes, língua profanada, me aproximo e sou atacado por morcegos com remela cuspidos dos olhos
uma, digamos, celebridade: o que foi mesmo que ele falou, que celebridades com silicone não podem dormir de bruços?
um tiozinho tocador de viola, cantando assim: meu coração é um punhado de uva passa / que ela pôs na boca e mastigou
ai, que somos dois louquinhos que nem nunca se encontraram pessoalmente mas sentem saudade um do outro
se não me engano, foi Marty Mcfly quem disse uma das mais importantes frases do cinema mundial: ninguém me chama de franguinho
um guarda-chuva que fala: às vezes eu queria ser um bueiro pra engolir a chuva quando a chuva desaba
ao violão, amor, minhas mãos e o coração vibram, não as cordas e a madeira... é que os dedos se habituaram a acordes e arpejos no seu corpo
agora chega, vou desligar esse maldito computador e vou ver o sol lá no verde do quintal... bj a todos
conto de terror: o menino tinha demasiado as cores cinza, o sangue, lesma, lama, musgo, enclausurados nos olhos, de modo que os vazou
conto de terror: ri, algo se debate entre os dentes, língua profanada, me aproximo e sou atacado por morcegos com remela cuspidos dos olhos
uma, digamos, celebridade: o que foi mesmo que ele falou, que celebridades com silicone não podem dormir de bruços?
um tiozinho tocador de viola, cantando assim: meu coração é um punhado de uva passa / que ela pôs na boca e mastigou
ai, que somos dois louquinhos que nem nunca se encontraram pessoalmente mas sentem saudade um do outro
se não me engano, foi Marty Mcfly quem disse uma das mais importantes frases do cinema mundial: ninguém me chama de franguinho
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1: mudança assim na vida, é absurdo não ter champanhe pra comemorar. 2: mas comemorar o quê, idiota, se ela tá indo embora. 1: pois é
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aquela guria é assim: seio bom, seio mau... fazer o quê?
que cachorro bonito, ele morde?, pergunta a moça. não, ele fede, responde a velha
e adoro os efeitos sonoros de quando você sussurra absurdos no ouvido do meu coração
e então os carros assustados feito cardumes abriram espaço
estranho como as coisas são, o resgate nunca consegue acompanhar a velocidade do desespero
de repente, apertou os olhos, contraiu o rosto pra conter, sei lá, uma torrente de choro que ia afogar nós dois, a casa, talvez até o bairro
eu choro dando risada... sabe quando você tá chorando e quem ouve não identifica se é riso ou pranto? eu choro assim
o velho comedor (fazendo um mea culpa): ao longo da vida não fui conquistando e acumulando mulheres, mas as perdendo uma a uma, todas elas
não diga que ele não é um músico, quando tem horas, anos que ele está aqui escutando, o mais que pode, o arrulho dos pedregulhos
não diga que ele não é um poeta, quando tem horas, anos que ele está olhando o mundo, o mais que consegue, aqui do mirante das miragens
um amigo sobre a namorada do outro: ela não é bonita, né, mas é tão inteligente que chega a ficar sexy já nos primeiros minutos de conversa
tô em casa, observando a natureza... sei, não vou resistir muito, logo, por volta de 16:30, um shopping center deverá bocejar, me engolindo
logo mais um shopping center bocejará e me engolirá assim como acabo de fazer com esse mosquito, agora um nada em meu estômago
primavera... abundância de luz, cores, canções sertanejas e latidos vizinhos, (paz?) passarinhos, tintas e sotaques da paisagem curitibana
garoa na primavera de Curitiba... um começo da ausência das tintas na paisagem cinzentinhazulada... ó tarde inconstante
chove agora um pouco no bairro de Santa Felicidade... admito, gosto de Curitiba com chuva... queridas minhas, odeiem-me por isso
admito (outra vez), saudade do inverno, quando a neblina vem se aninhar em nossos pés em busca de edredom e cobertor
na primavera curitibana, edredons e cobertores são ursos esquecidos hibernando em armários cavernosos
assim: cê vai ali no Dentadas Pub ouvir aquelas velhas canções, e elas são diuréticas... sério, quem as ouve tem logo que correr se aliviar
bem, no banheiro do Dentadas Pub, o cheiro de limão no gelo se mistura às canções mijadas, entrando no teu nariz empapuçado de versos tristes
a morte não tem face, mas tem disfarces... a foice é só um dos disfarces da morte sem face
um vereador aos jornais: tenho preocupações sociais, claro, não sou nenhum alienado, pensa bem, de certo modo, o que é roubado é divido
um ladrãozinho que lê jornais: pô, chefe, não sou nenhum alienado, tá pensando o quê, de certo modo, o que é roubado é divido
até é comum toparmos com tantos talentos deslumbrantes, mas (que remédio?) quantos acabam deslumbrados
um fã, digamos (e bêbado): gosto mesmo mesmo quando a banda para e a cantora sangra sangra o seu solo de boca
ele: tá quieta. ela: tô comigo mesma, pensando, bem lá no fundo, sabe. ele: posso entrar em você?, é que não quero ficar sozinho aqui fora
ele: não faço mais aquelas coisas, fazia no tempo que eu babava. ela: e agora? ele: agora?, é o que tô dizendo, agora eu não babo mais, ué
ela: ein, chuchu, fui doce, não fui? eu: foi, mas mesmo assim tomo cuidado, é que açúcar demais também pode matar
olha, é todo ele uma complicação de elásticos o instrutor de yôga
beibe, se eu tivesse olhos na nuca não te virava as costas nunca... é que não consigo parar de olhar
objetos tantofaz: paninho lustra-olho, cardápio de cardápios, tatuagem-sabonete
é necessário sacudir a barriga pra dar risada
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: rastros do homem gosma, overdoses de preguiça, terremotos de febre
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: colibris de fundo de garrafa, congestionamento de bexigas, passarinhos de fumaça
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: cavalos com cascos de geléia, a caveira de uma lesma, jardineiro de livros
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: postos de adrenalina, luzes de cimento, dunas de escadas, farmácia de brinquedos
leva nove meses pra alguém ficar grávida
xô óvni / choveu / teu véu de luz / e eu vi
dia desses o cara que criou a estética do breganejo experimental me disse: eu sou uma dupla sertaneja... hum, só então entendi tal vanguarda
manifesto: o direito de se reconstruir... se você vem, corpo fechado de pêlos, fazendo úúúú, sinceramente, vou trata-lo como a um gorila
que cachorro bonito, ele morde?, pergunta a moça. não, ele fede, responde a velha
e adoro os efeitos sonoros de quando você sussurra absurdos no ouvido do meu coração
e então os carros assustados feito cardumes abriram espaço
estranho como as coisas são, o resgate nunca consegue acompanhar a velocidade do desespero
de repente, apertou os olhos, contraiu o rosto pra conter, sei lá, uma torrente de choro que ia afogar nós dois, a casa, talvez até o bairro
eu choro dando risada... sabe quando você tá chorando e quem ouve não identifica se é riso ou pranto? eu choro assim
o velho comedor (fazendo um mea culpa): ao longo da vida não fui conquistando e acumulando mulheres, mas as perdendo uma a uma, todas elas
não diga que ele não é um músico, quando tem horas, anos que ele está aqui escutando, o mais que pode, o arrulho dos pedregulhos
não diga que ele não é um poeta, quando tem horas, anos que ele está olhando o mundo, o mais que consegue, aqui do mirante das miragens
um amigo sobre a namorada do outro: ela não é bonita, né, mas é tão inteligente que chega a ficar sexy já nos primeiros minutos de conversa
tô em casa, observando a natureza... sei, não vou resistir muito, logo, por volta de 16:30, um shopping center deverá bocejar, me engolindo
logo mais um shopping center bocejará e me engolirá assim como acabo de fazer com esse mosquito, agora um nada em meu estômago
primavera... abundância de luz, cores, canções sertanejas e latidos vizinhos, (paz?) passarinhos, tintas e sotaques da paisagem curitibana
garoa na primavera de Curitiba... um começo da ausência das tintas na paisagem cinzentinhazulada... ó tarde inconstante
chove agora um pouco no bairro de Santa Felicidade... admito, gosto de Curitiba com chuva... queridas minhas, odeiem-me por isso
admito (outra vez), saudade do inverno, quando a neblina vem se aninhar em nossos pés em busca de edredom e cobertor
na primavera curitibana, edredons e cobertores são ursos esquecidos hibernando em armários cavernosos
assim: cê vai ali no Dentadas Pub ouvir aquelas velhas canções, e elas são diuréticas... sério, quem as ouve tem logo que correr se aliviar
bem, no banheiro do Dentadas Pub, o cheiro de limão no gelo se mistura às canções mijadas, entrando no teu nariz empapuçado de versos tristes
a morte não tem face, mas tem disfarces... a foice é só um dos disfarces da morte sem face
um vereador aos jornais: tenho preocupações sociais, claro, não sou nenhum alienado, pensa bem, de certo modo, o que é roubado é divido
um ladrãozinho que lê jornais: pô, chefe, não sou nenhum alienado, tá pensando o quê, de certo modo, o que é roubado é divido
até é comum toparmos com tantos talentos deslumbrantes, mas (que remédio?) quantos acabam deslumbrados
um fã, digamos (e bêbado): gosto mesmo mesmo quando a banda para e a cantora sangra sangra o seu solo de boca
ele: tá quieta. ela: tô comigo mesma, pensando, bem lá no fundo, sabe. ele: posso entrar em você?, é que não quero ficar sozinho aqui fora
ele: não faço mais aquelas coisas, fazia no tempo que eu babava. ela: e agora? ele: agora?, é o que tô dizendo, agora eu não babo mais, ué
ela: ein, chuchu, fui doce, não fui? eu: foi, mas mesmo assim tomo cuidado, é que açúcar demais também pode matar
olha, é todo ele uma complicação de elásticos o instrutor de yôga
beibe, se eu tivesse olhos na nuca não te virava as costas nunca... é que não consigo parar de olhar
objetos tantofaz: paninho lustra-olho, cardápio de cardápios, tatuagem-sabonete
é necessário sacudir a barriga pra dar risada
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: rastros do homem gosma, overdoses de preguiça, terremotos de febre
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: colibris de fundo de garrafa, congestionamento de bexigas, passarinhos de fumaça
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: cavalos com cascos de geléia, a caveira de uma lesma, jardineiro de livros
imagens de múltipla aplicação para se escolher à gosto: postos de adrenalina, luzes de cimento, dunas de escadas, farmácia de brinquedos
leva nove meses pra alguém ficar grávida
xô óvni / choveu / teu véu de luz / e eu vi
dia desses o cara que criou a estética do breganejo experimental me disse: eu sou uma dupla sertaneja... hum, só então entendi tal vanguarda
manifesto: o direito de se reconstruir... se você vem, corpo fechado de pêlos, fazendo úúúú, sinceramente, vou trata-lo como a um gorila
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Cara, adoro estes mini contos de twitter. Gostei principalmente da velha e o cachorro que fede. Haha Genial!
ResponderExcluirfabz... tô pegando essa síntese com você. obrigadão, man. forte abraço. lepre.
ResponderExcluirsem palavras, leprevost.
ResponderExcluirisso aí ta mt bom.
r.m.
valeu madeira. pô, vi que o pássaro saiu. te liguei ontem em casa, mas ouvi "esse número não existe." cê mudou? ou meu celular que tá louco? cara, quero muito uma ave ruim das tuas. parabéns pelo lvro, ficou bem bonito. valeu a espera. e outra vez, obrigado pelas vindas aqui no blog. lepre.
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