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por Olívia D´Agnoluzzo
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Matéria que saiu nesse domingo, 24 de outubro, no caderno Almanaque, do impresso O Estado do Paraná e também online. Agradeço a jornalista Paula Melech, sempre atenta e carinhosa com os artistas da cidade.
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Ao som da música curitibana
por Paula Melech
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Luiz Felipe Leprevost e Thiago Chaves gostam de encontros. Se for naquele esquema de festa cheia de amigos, melhor ainda. Essa característica comum foi o que levou o primeiro, poeta, músico e dramaturgo a topar com o segundo, músico e compositor. No momento em que os interesses se encontravam, apareciam os primeiros sinais do que se tornaria uma parceria.
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Thiago relembra o momento: “Ele me passou uma letra pra musicar e percebemos que a harmonia acontecia”. A canção, Sonâmbulo, conta a história de um cara que está enfrentando mal a relação com o universo underground. A “letra triste”, conta Leprevost, é consequência do modo como o clima do inverno reverberava dentro deles. A temperatura refletiu, pontualmente, nas composições produzidas a quatro mãos e que, agora estão prontas para serem ouvidas.
Thiago relembra o momento: “Ele me passou uma letra pra musicar e percebemos que a harmonia acontecia”. A canção, Sonâmbulo, conta a história de um cara que está enfrentando mal a relação com o universo underground. A “letra triste”, conta Leprevost, é consequência do modo como o clima do inverno reverberava dentro deles. A temperatura refletiu, pontualmente, nas composições produzidas a quatro mãos e que, agora estão prontas para serem ouvidas.
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Este é um momento que aflige a maioria dos músicos que desenvolvem trabalhos autorais em Curitiba: afinal, onde tocar? O Wonka Bar, na Rua Trajano Reis, é um desses lugares onde o foco está na qualidade musical, privilegiando artistas da cidade. Há cinco anos, o endereço, no bairro São Francisco, reúne músicos, escritores poetas, atores e público em torno de uma mesma vontade.
Este é um momento que aflige a maioria dos músicos que desenvolvem trabalhos autorais em Curitiba: afinal, onde tocar? O Wonka Bar, na Rua Trajano Reis, é um desses lugares onde o foco está na qualidade musical, privilegiando artistas da cidade. Há cinco anos, o endereço, no bairro São Francisco, reúne músicos, escritores poetas, atores e público em torno de uma mesma vontade.
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Interessada no potencial dos artistas da cidade, a proprietária Ieda Godoy abriu as portas do Wonka com a disposição de tornar o endereço um reduto de produção cultural de qualidade. “Desde que abri o bar [em 2005], penso nessa característica, muitas pessoas começaram apresentando seus trabalhos lá”. Ela cita como exemplos o grupo Molungo, Troy Rossilho, Alexandre França, Leo Fressato e o próprio Leprevost. Copacabana Club e Bonde do Rolê são outras bandas que sempre aparecem.
Interessada no potencial dos artistas da cidade, a proprietária Ieda Godoy abriu as portas do Wonka com a disposição de tornar o endereço um reduto de produção cultural de qualidade. “Desde que abri o bar [em 2005], penso nessa característica, muitas pessoas começaram apresentando seus trabalhos lá”. Ela cita como exemplos o grupo Molungo, Troy Rossilho, Alexandre França, Leo Fressato e o próprio Leprevost. Copacabana Club e Bonde do Rolê são outras bandas que sempre aparecem.
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Apostar na produção cultural de Curitiba não é uma novidade, mas a apuração de um universo já conhecido por Ieda - dona do antigo Bar Dromedário (fechado em 2002). “O curitibano sempre teve essa coisa de não se valorizar, mas agora está se olhando com mais carinho para o trabalho das pessoas. Isso é lindo. É muito emocionante ver esse respeito pelo artista, essa comunhão com o público”.
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O sucesso das noites é efeito do criterioso processo de curadoria a que a proprietária se dedica. “Sempre que tem algum trabalho próprio eu me interesso em conhecer. Tenho alguns critérios para selecionar e fico felicíssima quando vejo as coisas acontecerem”. Ela cita como exemplos o Copacabana Club e o Bonde do Rolê, bandas que se criaram dentro do Wonka e hoje ganharam o País.
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No palco
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O show iria começar às 23 horas, mas às 19 horas Leprevost e Thiago já ensaiavam o trabalho que foi apresentado na última noite de quarta-feira no projeto Homens de ferro. Um intervalo foi o tempo necessário para o papo se dirigir aos espaços que tornam possível esse trabalho.
O show iria começar às 23 horas, mas às 19 horas Leprevost e Thiago já ensaiavam o trabalho que foi apresentado na última noite de quarta-feira no projeto Homens de ferro. Um intervalo foi o tempo necessário para o papo se dirigir aos espaços que tornam possível esse trabalho.
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Thiago ressalta que em lugares assim a música é expressão artística e não somente entretenimento. “Queremos mostrar o movimento. Os compositores necessitam desses espaços, onde não precisam de editais para tocar a sua música”. Leprevost completa: “Tem uma grande rede de pessoas conectadas na produção artística. A demanda existe. Queremos dialogar com a platéia com o interesse mútuo de expansão dos sentidos por meio da arte”.
Thiago ressalta que em lugares assim a música é expressão artística e não somente entretenimento. “Queremos mostrar o movimento. Os compositores necessitam desses espaços, onde não precisam de editais para tocar a sua música”. Leprevost completa: “Tem uma grande rede de pessoas conectadas na produção artística. A demanda existe. Queremos dialogar com a platéia com o interesse mútuo de expansão dos sentidos por meio da arte”.
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Essa rede que interliga os artistas da cidade certamente contribui com a disseminação da música partindo do desejo de expressão autêntica. Em sintonia de pensamento e vontades, os parceiros Uyara Torrente (A Banda Mais Bonita da Cidade) e Raphael Moraes (Nuvens) foram convidados a incrementar o show no porão do Wonka.
Essa rede que interliga os artistas da cidade certamente contribui com a disseminação da música partindo do desejo de expressão autêntica. Em sintonia de pensamento e vontades, os parceiros Uyara Torrente (A Banda Mais Bonita da Cidade) e Raphael Moraes (Nuvens) foram convidados a incrementar o show no porão do Wonka.
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O repertório, inspirado pelo inverno, desenhou um clima favorável às letras mais melancólicas, incluindo as três inéditas Pó pó pó; Mimimi e Assobiando apelo. A primeira, com letra e música de Leprevost, é um pequeno poema declamado com o violão no colo. Mimimi, uma parceria com Rodrigo Lemos e Ligia Oliveira, emergiu em um desses encontros, sublinha Leprevost, onde em “90% dos casos surgem canções”. Já Assobiando apelo é uma letra escrita há tempos que ganhou agora o acompanhamento da guitarra de Thiago. “É a história de um cara que está triste e as pessoas passam a não notá-lo mais. Ele foi se apagando e assobia essa melodia”, explica o autor.
O repertório, inspirado pelo inverno, desenhou um clima favorável às letras mais melancólicas, incluindo as três inéditas Pó pó pó; Mimimi e Assobiando apelo. A primeira, com letra e música de Leprevost, é um pequeno poema declamado com o violão no colo. Mimimi, uma parceria com Rodrigo Lemos e Ligia Oliveira, emergiu em um desses encontros, sublinha Leprevost, onde em “90% dos casos surgem canções”. Já Assobiando apelo é uma letra escrita há tempos que ganhou agora o acompanhamento da guitarra de Thiago. “É a história de um cara que está triste e as pessoas passam a não notá-lo mais. Ele foi se apagando e assobia essa melodia”, explica o autor.
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