As revistas pulp, ou pulp fictions, foram publicadas primeiramente nos Estados Unidos entre as décadas de 1920 e 1950, e eram assim chamadas por serem impressas em papel vagabundo e vendidas por alguns centavos. Suas capas normalmente apresentavam uma ilustração de uma garota seminua em perigo ou sendo torturada por um cruel vilão. As pulps eram um tipo de entretenimento rápido, sem grandes pretensões linguísticas, mas que faziam a alegria dos fãs do gênero. Os leitores acompanhavam a trama, ansiosos pelos próximos capítulos. Vários escritores famosos já trabalharam em pulps, como Isaac Asimov, que trabalhou entre outras na Astounding Science Fiction. Outros autores escreveram para pulps no início de suas carreiras, como Raymond Chandler, Ray Bradbury, Edmond Hamilton e Dashiel Hammett, autor de O Falcão Maltês e criador do romance noir. No Brasil, o fantástico permeou diversos textos da literatura desde Álvares de Azevedo. Encontramos suas marcas em Joaquim Manuel de Macedo, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Érico Veríssimo, Guimarães Rosa, entre outros. E também nos livros de Murilo Rubião, Jorge Miguel Marinho e J.J. Veiga. Mysterio é considerado o primeiro romance policial do Brasil. Foi escrito pelos autores Medeiros e Albuquerque, Viriato Corrêa, Afrânio Peixoto e Coelho Neto. Medeiros e Albuquerque é também reconhecido por ter escrito o primeiro livro de contos policiais da literatura brasileira, chamado Se eu fosse Sherlock Holmes, em 1922.A temática pulp se tornou um nicho rentável do mercado editorial no Brasil, e vários livros e revistas foram lançados. Dentre os títulos nacionais mais famosos estavam Lupin, X-9, Meia-Noite, Emoção, Mistério Magazine e Detetive, a principal pulp brasileira. A revista foi para as bancas pela primeira vez em agosto de 1936 a 1.200 réis por cópia. Hoje, o gênero está permutado e misturado na cultura pop em inúmeros sites, filmes, blogs e séries de tv, como Criminal Minds, Dexter, C.S.I., Lost, Sobrenatural, True Blood. O pulp nunca esteve tão presente em nossas vidas. Crônica e fantasia se confundem numa realidade caótica que caminha na fronteira entre realidade e sonho. A internet trouxe a realidade virtual até nós. Second Life, zona limítrofe onde podemos viver situações imaginárias e visitar mundos utópicos sem a utilização de equipamento de teletransporte ou magia. Essa miscelânea cultural, impressa ou virtual, abriga desde os cronistas do cotidiano até aqueles que se aventuram pelos labirintos das histórias fantásticas; universo particular de criaturas e não-lugares. A revista Lama, através de um esforço coletivo, pretende instigar a produção de uma literatura pulp brasileira. Os escritores e ilustradores deste exemplar criaram seus contos de horror, suspense ou realismo fantástico com completa liberdade temática. O resultado englobou temas bem distintos, criando assim uma edição muito interessante. Criaturas, psicopatas, vampiros, detetives. Todos estão presentes. Do terror ao suspense. Do realismo fantástico ao horror inimaginável. Fabiano Vianna, editor.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
amanhã, dia 07, estréia da peça gina e lançamento da revista lama
Gina
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A peça Gina, que estréia dia 7 de outubro no Mini Auditório do Teatro Guaira, tem como ponto de partida a obsessão da personagem título por homens mais jovens, para falar sobre as relações amorosas na contemporaneidade. No monólogo, interpretado pela atriz Maia Piva, Gina, uma senhora no auge de seus cinquenta anos se apaixona pelos namorados da filha de vinte e, através deste sentimento, acaba construindo universos imaginários, onde as relações humanas adquirem aspecto distorcido. Segundo Maia Piva, a jovem atriz de trinta e três anos, o maior desafio para execução de Gina é o fato da personagem ser mais velha, “minha maior preocupação era atingir a profundidade necessária para dar vida a uma mulher de cinquenta anos”. Alexandre França, autor e diretor da peça, conta que Gina partiu da idéia de falar sobre amor de uma maneira inusitada, "Gina é o símbolo do desgaste que o romantismo sofreu com o passar dos anos. A personagem luta para sobreviver ao tédio da vida contemporânea através de relação platônicas que nunca são consumadas”. A trilha, assinada pelo pianista Davi Sartori, pontua o tom retrô do espetáculo, ao retomar temas antes interpretados por cantoras como Edith Piaf e Maysa. A peça, que utiliza poucos elementos em cena, é focada no texto e na atriz, “não utilizamos outros recursos que não estejam intimamente ligados à atriz e ao texto. Para falar de amor, nada melhor do que uma peça que se aproxime do público da forma mais humana possível”, conta Alexandre França.
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Gina
com Maia Piva
texto e direção Alexandre França
de 7 à 18 de outubro
quarta à sábado às 21 horas,
domingo às 19 horas
no Mini Auditório do Teatro Guaira
ingressos R$ 10,00 inteira e R$ 5,00 a meia
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Revista Lama
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Detetives, vampiros, criaturas, almas penadas, manetas, zumbis, psicopatas, sociopatas & simpatizantes desta corja! Convoco a todos para beber um vinho conosco no Café Quintana, quarta-feira dia 7 de Outubro! Av. Batel, 1440. Em Curitiba, próximo ao Canal 12. Será uma noite muito agradável, onde celebraremos a volta das revistas Pulp às prateleiras das livrarias! Lama! Venha sujar as mãos! Contos de: Ana Paula Maia, Fabiano Vianna, Luiz Felipe Leprevost, Assionara Souza, Martha Argel, Giulia Moon, Daniel Gonçalves, Rodriane DL, Gisele Pacola, Simone Campos & Emanuel R. Marques.
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estarei lá na estréia...
ResponderExcluirparabéns pelo casos e causos...
abs...
esqueci de dizer: "estréia da peça"...
ResponderExcluirfalou...
Agenda super lotada essa sua não?
ResponderExcluirbjo
cesar... se você foi mesmo, espero que tenha gostado da peça gina. se ainda não foi, recomendo. abraço.
ResponderExcluiriza... não tem a gente não, não sou eu quem me navego. bjs.
lepre.