domingo, 11 de outubro de 2009

manual de putz sem pesares

Prólogo

É provável que você se chateie nas próximas linhas. Você que gostaria que nelas estivessem desenhadas genialidades, coisas como um Catatau. Ou romanceiros, ditirambos, baladas, haicais, prantos, preces, quadras, trocadilhos, sei lá, poemas-piada, trovas, anticlímax, rondós, terças-rimas, essas porras, sínqueses, sinéreses, síncopes, sístoles, sinestesias, teses e antíteses. Ou ódios, odes, salmos, madrigais, aboios, roteiros, tratados, petições, casidas e gazeis, hinos, fábulas, formulários, resenhas, eufonias, cacofonias, elegias, alegorias, receitas de bolo, receitas de médico, jograis, epigramas, sonetos, epitalâmios e protalâmios, expressões verbi-voco-visuais, epopéias, canções, cantigas, bilhetes de geladeira, recado na secretária eletrônica, paródias, e-mails, twitters e parábolas, emboladas etc etc etc. Mas acontece que isso é um testamento.

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