primavera
as árvores voltam a ter casca
já não tremem de medo do
granizo que apunhala
mas se chove
é a mesma chuva de
fragilidades que um dia
dedilhou as copas com
olfato e úmida língua feito
tocasse as cordas de um
violão rouco
sob as raízes tudo está
alagado, preparando uma
resposta à manhã
explodindo frutos como
fossem olhos dos
enfermos da saudade
as árvores voltam a ter casca
já não tremem de medo do
granizo que apunhala
mas se chove
é a mesma chuva de
fragilidades que um dia
dedilhou as copas com
olfato e úmida língua feito
tocasse as cordas de um
violão rouco
sob as raízes tudo está
alagado, preparando uma
resposta à manhã
explodindo frutos como
fossem olhos dos
enfermos da saudade
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