gosto quando chove.
é como se cada gota fosse um recorte da noite
roçando contra o hálito das luzes nos postes.
é como a ferrugem nas cordas do violão
deflagrado por balbucios de blues
pingando nas pupilas.
a chuva me fissura a mergulhar em poças d´água
a procura do avesso dos pulmões sujos de nicotina.
eu gosto quando chove.
a chuva me conduz ao frescor dolorido
do dente nascendo na boca do neném.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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