.....Ok, eu faço
.
.....Os caras chegaram pra me cobrar.
.....Eu não tinha a grana.
.....Então pague com serviço, disse um deles.
.....Que tipo de serviço, eu quis saber.
.....Apague o Ramón pra gente.
.....E se eu não fizer?, provoquei.
.....Aí quem vira presunto é você, apontou a arma pra mim.
.....Ok, eu faço, me resignei e completei, Só tem um problema.
.....Qual?, quis saber o Feioso.
.....Eu não tenho uma arma, respondi.
.....Púlia, dá uma arma pro rapaz.
.....Púlia me deu a arma.
.....Está carregada?, perguntei.
.....Claro que está carregada.
.....Então dei dois tiros.
.....Um no pescoço do Púlia, e outro na fuça do Feioso.
.
Esse conto está publicado no meu livro
Inverno dentro dos tímpanos
(2008, Kafka edições).
hahahaha!!!!
ResponderExcluirsensacional, parceiro!
(pensa no sotaque dos detetive)
"vamos acabar com esses paspalhos, lopes"
"você tem razão, linhares. eles merecem morrer"
"par ou ímpar pra ve quem atira primeiro"
"par"
"ímpar"
e atiraram juntos, bons parceiros (paspalhos) que são!
abx
Rubem Fonseca revisitado!?
ResponderExcluirGrande Fúlvio!! Genial cara! Vou linkar este no site da Lama! Pulp pra caralho! Sempre esteve dentro de você mesmo!
ResponderExcluirdae, Leprê! como estás, rapaz? tô aqui em sampa. quando vem visitar. tem umas latinha na geladeira e o ap. é bacana, simples, mas sincero, com as coisas tem de ser. continuo ppobre para os padrões, mas pouco me importam os padrões ou os patrões. abração!
ResponderExcluirgrande rubão. então, véio, fico afins pra caralho de ir até sampa. o problema é a correria aqui. de repente depois que passar o carnaval e tudo mais. qualquer coisa dou um toque. quero ver a fábrica de animais tocar. cês tem que vir tocar aqui em curitiba. de repente falamos com a Ieda pra fazer lá no wonka. além disso, porra, rubão, cê tem que correr atrás aí pra publicar teus textos, esses novos que cê tá colocando lá no blog são ducaralho. quando vier pra curitiba dá um toque, pra gente tomar umas. vi que o marião já tá bom e forte, que massa, que maravilha. manda um abração pra ele. e pra toda a rapaziada aí em sampa. forte abraço pra você, maninho.
ResponderExcluirvaleu fabz. cara, vou tentar lidar com esses sentimentos, digo, com essa frieza detetivesca. abração.
claudia, o rubem fonseca está entre os maiores mestres da literatura. natural que eu seja um discípulo, hehe. bj.
detetive linhares, manter o erro algumas vezes é o único acerto, haha. abração.
lepre.
esse é muito bom mesmo. a velocidade do scorsese no final de "os infiltrados".
ResponderExcluirr.m.
a gente, Fábrica de Animais, é muito a fim de tocar em ctba, mas a Ieda é uma cuzona. nunca quis. Marião tá se recuperando. o braço esq. ainda tá complicado. tamo ná área. abração, brother.
ResponderExcluircê já me disse isso um dia, né, madeira? ou tô pirando? aquele final do "infiltrados" é um espanto mesmo. cara, a gente tem que marcar um café. adorei teu livro. vamos falar sobre qualquer hora dessas. abração.
ResponderExcluirdeixa rolar, já já cês tão fazendo o som por aqui. abraço, rubão.
lepre.
Eu entendo o fascínio pelo Rubem.
ResponderExcluirTambém sou fã. Para inspirar:
... "acredito que todo mundo é um artista em condições de determinar o conteúdo e o significado da vida em sua particular esfera, seja pintura, seja música, seja o cuidar de enfermos, seja a faxina de lixo, seja lá o que for: Quando minha mãe ficou doente ela teve um felacoma, uma acumulação endurecida de fezes no cólon que não permitia que ela defecasse, nem com supositórios ou purgantes. O felacoma tinha que ser extraído à mao, e eu fiz isso, arranquei com os meus dedos aquele bloco de fezes endurecidas do anus da minha mãe, enfiando os meus dedos e quase a mao inteira pelo seu esfíncter, e quando terminei senti que aquilo que eu fizera era uma obra de arte e guardei o felacoma numa lata que mandei lacrar e carrego comigo para todo lugar, como fonte de inspiração. A verdadeira arte é anárquica e randomica. Minha palavra de ordem é Zeitgeist."
Rubem Fonseca - Ela e suas mulheres
:)
li esse do rubem fonseca, mas não lembrava dessa parte. o mestre não pega leve nunca mesmo, né. "a verdadeira arte é anárquica e randomica", que nos inspire. bj. lepre.
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