segunda-feira, 27 de julho de 2009

o mundo é cru, beibe, e o rock uma fogueira que nunca apaga

Jê reve de toi (http://vimeo.com/5479899)
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Ontem foi ducaralho o festival Rock de Inverno VII. Não cheguei a ver todas as bandas, pena.
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Eu não ia beber. Mas, porra, tava acompanhado do meu velho mestre Jaques Brand, o cara que vive me falando: Cê já ouviu isso com os Rolling Stones, e aquilo, etc? A noite prometia. Então pedi logo uma dose de conhaque pra abrir os trabalhos. E assim foi:
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Jê reve de toi me emocionou na última música, uma melodia bonita pra caramba, com um som eletrônico que não abre mão da organicidade de jeito nenhum. Foi bonito.
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Depois, Koti e os penitentes... pra mim esses caras fazem um som absolutamente cru e viril. Uma pegada das que mais gosto. As letras são pequenas sagas mundanas. Sem contar que eles me remetem às canções do Bertold Brecht com o Kurt Weill.
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Então veio Ruído/mm. Primeiro eu pensei: eles são a prova de que o rock não precisa de poetas. Depois pensei melhor: Mas essas guitarras todas... se isso não é poesia sonora, então não sei o que é. Me concentrei bastante no baixo do Rubens K. Deu pra entender o que afinal de contas move o cara. Depois do show fiquei a noite inteira, quando encontrava ele, dizendo: Porra, Rubão, cê é passional, velho. E ele: Eu sou passional, Leprê.
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Fellini... valeu muito a presença dessa banda lendária. O Flávio Jacobsen me disse assim antes dos caras entrarem no palco: Leprê, você vai assistir e vai sacar porque é que eu, a gente, toda a rapaziada é assim, esse show é histórico! E foi.
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Mordida é legal demais, o vocalista tem uma energia das mais contagiantes. O salão pega fogo, ninguém consegue não se divertir com essa piazada tocando forte e rápido no baile.
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E Lestics... eu já tava bêbado demais quando eles entraram pra fechar a noite. Mas deu pra curtir um pouco. Lestics faz um som bem raíz, vamos chamar assim, os dois pés no folk, e essa é uma sonoridade que a mim me sensibiliza. Não prestei a atenção devida as letras e tudo mais. Eu já tava mais preocupado com as garotas que eu e tio Jaques levamos pra casa.
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Por essas e outras é que vivo pensando: o mundo é cru, beibe, e o rock uma fogueira que nunca apaga.
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Como não bastasse, entro lá no blog do Rubens K (http://rkjazz.wordpress.com/) e me deparo com esse texto. Valeu, Rubão. Tudo de bom pra você em São Paulo. Pretendo em breve ir lá encher o saco de todos aqueles patifes (hehe). Foi muito importante pra mim conversar com você. Forte abraço, bróder.
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"Leprevost é escritor. É também um cara sensível e passional. É também um filho da mãe de primeira. É um daqueles caras, daqueles amigos, que é muito bom encontrar, dar um abraço e ficar do lado do cara, com a garrafa de cerveja pela metade, rindo de tudo que a vida nos empurra goela abaixo. É um daqueles caras que desistiu de esperar o resgate e saiu dando braçadas, oceano afora, da ilha deserta, do paraíso ou que merda seja onde more a tranquilidade, o comodismo e o conforto. Velho, obrigado pelas palavras. Vindo de você, porra, obrigado mesmo, brother. Um dia quem sabe as coisas aconteçam de uma maneira tranquila, mas agora ainda temos de dar porrada em meio mundo e, como você disse, estamos muito bem acompanhados, mas eles sempre em maior número. Não existe a “maneira mais fácil”, pelo menos por enquanto. Muita sorte com a vida. Seria bom que ela, a sorte, às vezes estivesse por perto quando todos forem embora. Grande abraço." Rubens K.

3 comentários:

  1. vc merece, amigo. elogios sempre!!!

    B-Ju

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  2. será sempre bem-vindo, leprê! anota ae 11 8730-2528. tamo sempre pronto pra arrumar confusão! grande abraço.

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  3. valeu, juju. bj.
    rubão, tamo junto. fone anotado.
    abração. lepre.

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